O QUE ACONTECE COM AS PESSOAS?
Pode
parecer um fenômeno  novo, mas não.
O jejum era utilizado em muitas
práticas na sociedade desde o século XIII em instituições religiosas. Nesta época, era comum algumas mulheres recorrerem a jejuns excessivos.

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Devemos lembrar que nesse tempo as mulheres assumiam papel de
procriadoras, devendo obediência a hegemonia machista dominante. Para
refugiarem-se das imposições, algumas delas jejuavam ate sumir a carne
restando apenas os ossos.
Somente no século XIX a anorexia passou a
ser foco de atenção clinica. É certo que essas pessoas parecem querer
atingir um ideal, seja beleza, seja uma causa.
O tema tem ocupado
espaço na mídia e enchido os consultórios pela crescente demanda. Na
contemporaneidade é estimulado o consumo, exposição de corpos perfeitos,
como se não houvesse espaço para quem não cabe nos moldes do sucesso.
As
pessoas vivem massificadas por um padrão, que quase robóticos,
quantitativamente elaborados em pesos e medidas, sem possibilidades de
discordância em estado de alienação.   
O que é?
ANOREXIA

 

Ocorre
alterações do apetite e da imagem corporal, acomete principalmente
mulheres jovens.
Na anorexia podemos destacar  a importância de fatores
psicossociais e culturais, que determinam que a magreza é o padrão de
beleza único. O início se apresenta com dietas restritivas, com terrível
medo de engordar, distorção da imagem corporal, exercícios físicos
constantes, onde o único foco torna-se perder peso e, para, isso passam a
negligenciar todo  tipo de comida, ate a água.

BULIMIA 
Também é
mais comum em mulheres jovens. Destacam-se fatores biopsicossociais, a
pessoa se sente culpada, com dificuldade de auto controle e desejo de
auto punição. A pessoa induz o vômito como método  compensatório após
ter se alimentado, geralmente sai da dieta, e por medo  de engordar
provoca o vômito.

VIGOREXIA
No século XX o ideal do corpo do
homem passa a ser musculoso, um reflexo do poder e sucesso.
Assim
temos, os padrões de beleza de homens fortes, com braços imensamente cheios
de músculos. Essa busca por músculos definidos a qualquer preço, não importa se utilizará de esteroides anabolizantes ou compulsão
por exercícios físicos até o esgotamento, com sobrecarga de peso
humanamente impossível, é a obsessão por esse ideal de corpo esculpido e musculoso.
 

TODOS SÃO
CONSIDERADOS PROBLEMAS DE IMAGEM CORPORAL.
Ou não se é suficientemente
forte, ou magro.
O auto controle não está nas mãos da pessoa, o medo de
não atingir o padrão ideal externo leva ao adoecimento.


MAS O QUE ACONTECE?

São
muitos os fatores: biológicos, sociais, familiares, psicológicos,
culturais e antropológicos.  Todos estes somam-se para compreender e
interrelacionar o que acontece com estes indivíduos.

As pessoas começam a
se sentir insatisfeitas, o medo é a emoção de base, “não posso estar
como estou, preciso conseguir, alcançar esta meta, peso tal, medida tal”.
Os critérios para alcançar estes objetivos não parecem importar mais.
As consequências, embora nocivas, não são mais percebidas, com os sintomas
silenciados, restam os sentimentos de culpa.

As pessoas passam a viver
em função de uma dieta, de um plano de exercícios, alteração e
estreitamento  nas rotinas sociais, olhar voltado apenas o campo de
interesse. Não é somente o corpo que se transforma, a mente é o principal
a ser transformado.

A mídia influencia a cultura do consumo,
só o que parece torna-se perceptível e, assim na massificação, a essência
se perde.
As pessoas torna-se vazias por dentro e preenchidas
artificialmente por fora. O sentir passa a ser ocupado pelo ser visto,
pois esta lógica é o que importa. Parecer ter saúde é mais importante
que ter saúde.

Mas será que estar em forma é sinônimo  de sentir-se
bem, ou a sensação de bem estar é confundida com prazer e vaidade? Seria a utopia da felicidade?

O que se tem visto é que as pessoas
buscam a correção, a transformação a partir de um molde, reconstrui-lo,
cortar, torná-lo plástico até atingir o ideal fabricado pelas
indústrias de consumo. O resultado que temos presenciado são pessoas cada vez
mais insatisfeitas, consumindo mais e mais.
Muitas vezes, a consequência é
a morte de homens e mulheres saudáveis, doentes por essa lógica
alienante.
Há um predomínio de interesses que vende às pessoas o auto
investimento constante, tanto no lazer, na cultura, no consumo, e
principalmente na aparência, com o único objetivo de produzi r
consumidores.

É importante que as pessoas realizem mudanças e
transformações a partir de sua própria consciência critica. Deste modo
poderá não cair na armadilha da alienação pós moderna.
Pense, viva e se
sinta.
.

O MAIS DIFÍCIL É DAR O PRIMEIRO PASSO…
Permita-se o autoconhecimento, você vai se surpreender com o que descobrirá! 
 
GISELE SODRE – Psicóloga e Acupunturista
scologi@gmail.com | (48) 9932-0955
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