As estimativas apontam que 3 a 5 % da população geral será afetada pela Depressão em algum momento da vida. As causas e sintomas são cada vez mais disseminados pelos meios de comunicação, com o intuito de informar e auxiliar na identificação da doença, desde formas de prevenção até a busca por ajuda profissional e tratamento. Mas depois que a doença se instala, como conviver com a pessoa que tem Depressão?
Muitas vezes essa pessoa é alguém muito próximo e do convívio diário, como um familiar, esposa ou marido, filhos e até pais idosos que passam a morar com seus filhos adultos e netos.
Como ajudar? Como entender?
Primeiramente é indispensável que se tenha conhecimento e compreensão dos comportamentos que fazem parte da Depressão, ainda mais no caso da pessoa doente ser um familiar, pois esta pode estar refletindo um padrão circular presente na família.
A pessoa depressiva quer esconder-se do mundo e isso se reflete também nas pessoas do seu convívio próximo. A Depressão rouba a energia de reciprocidade, fazendo com que as pessoas o evitem, e aí então tudo piora. Restabelecer a comunicação acolhedora é o ponto chave para combater o distanciamento e a escassez de interação. Ter alguém presente, mesmo quando o sentimento de solidão parece ser mais forte, é muito importante.
Ficar alerta com os sinais de suicídio!
– Nos casos mais graves, a pessoa depressiva tem ideação suicida e geralmente manifesta isso nas conversas. Por isso é bom manter diálogo, embora a pessoa não demonstre interesse em conversar;
– Comportamentos de despedida é outro sinal de alerta, por isso conversar com a pessoa pode ser amenizar a letalidade dos pensamentos suicidas;
– Mudanças bruscas de atitude e comportamento, como se de repente tudo ficasse bem, são indícios de preocupação que sugerem que a decisão de por fim a sua vida já foi planejada.
Quem sofre de depressão precisa de ajuda profissional. Com acompanhamento é possível alcançar o equilíbrio e superar a doença aliando a psicoterapia a medicamentos, quando necessário. Após iniciar o tratamento, o paciente e sua família precisam vencer um grande desafio: dar tempo ao tempo. Tanto a terapia, quanto os medicamentos, fazem parte de um processo e este percurso inclui também mudanças no estilo de vida, como incluir exercícios leves no dia a dia, técnicas de relaxamento, meditação e acupuntura.
O MAIS DIFÍCIL É DAR O PRIMEIRO PASSO…